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Maura Lopes Cançado: reflexões sobre o controle da vida e dos corpos

Maura Lopes Cançado: reflexões sobre o controle da vida e dos corpos

9 de março de 2024

Por desinstitute

“Nós, mulheres soltas, que rimos doidas por trás das grades – em excesso de liberdade” – Maura Lopes Cançado

Maura Lopes Cançado (1929-1993), grande escritora mineira, deixou um legado literário marcante, apesar de seu sofrimento psíquico e dos períodos de internação psiquiátrica que enfrentou ao longo da vida. Sua obra mergulha profundamente nas reflexões sobre o controle da vida e dos corpos. 

Cançado, conectada aos movimentos vanguardistas de sua época e influenciada por pensadores que desafiaram a racionalidade burguesa, como Michel Foucault, traça uma trajetória experimental e singular. Seus dois únicos livros, “Hospício é Deus: Diário I” (1965) e “O sofredor do ver” (1968), surgem de suas experiências nos hospitais psiquiátricos.

Em suas páginas, a escritora não apenas desafiava as normas literárias, mas também questionava as estruturas sociais que moldam o controle da vida e dos corpos. Sua escrita, permeada por uma aura de rebeldia e resistência, revela a essência da liberdade interior, mesmo em meio a ambientes repressivos. 

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