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Organização mexicana lança relatório sobre violações no sistema de atenção à saúde mental no México
Segundo o documento, que contou com a revisão do diretor-executivo do Desinstitute, mexicanos seguem “ancorados ao passado”, com políticas públicas que repassam mais de 80% dos seus recursos em saúde mental a hospitais psiquiátricos
5 de abril de 2021
Assim como no Brasil e em outros países da América Latina, práticas de isolamento social, excesso de medicalização, tortura e outras formas de violência são recorrentes dentro do sistema de atenção à saúde mental no México.
Diante da ausência de leis, políticas públicas, programas e serviços no país voltados à promoção da saúde com foco nos direitos humanos, a organização mexicana Documenta lançou, no final de 2020, o relatório “¿Por razón necesaria?”, que contou com a revisão do diretor-executivo do Desinstitute, Lúcio Costa.
Segundo o documento, o México segue “ancorado ao passado”, com políticas públicas que repassam mais de 80% dos seus recursos em saúde mental a hospitais psiquiátricos.
“Ao minimizar a importância dos fatores sociais na saúde mental, tem-se perpetuado um enfoque predominantemente clínico que deixa de lado a relevância de vínculos sociais, inclusão comunitária, justiça social, igualdade de oportunidades e respeito aos direitos humanos de todas as pessoas”, escrevem os autores.
Segundo eles, “é precisamente a escassa visibilidade e atenção que tem recebido o sistema de saúde mental o que explica, ao menos em parte, a falta de informação, transparência e prestação de contas” que enfrentaram ao fazer a investigação para o relatório.
Para acessar o documento na íntegra, clique aqui.