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Criminalização da loucura – mulheres em manicômios judiciários
24 de março de 2023
Hoje no Brasil não há dados públicos atualizados reunidos sobre quantas pessoas estão internadas em Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, bem como não há dados sobre gênero, etnia, tempo de internação, idade, delito cometido, diagnósticos, entre outros dados básicos.
A falta de dados atualizados demonstra descaso com as pessoas em sofrimento psíquico que cometeram delitos e evidencia um apagão, como se elas não existissem.
As atenções precisam ser voltadas ao resgate das pessoas esquecidas nos Hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, com a interrupção dessas injustiças históricas oferecendo, de fato, justiça e atendimento de saúde adequado, que sejam amparados pela perspectiva da garantia de direitos e reinserção pela via da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
Referências
Algumas considerações sobre gênero e saúde mental: As mulheres nos manicômios judiciários no Brasil
Belas, recatadas e loucas: mulheres no Manicômio Judiciário de São Paulo
Mulheres perigosas: A dualidade desviante das loucas infratoras
Manicômios judiciários funcionam como prisão e têm ‘novo conceito de tortura’
A custódia e o tratamento psiquiátrico no Brasil : censo 2011