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Entenda por que as drogas K não podem ser caracterizadas como maconha sintética
8 de fevereiro de 2024
Por que rotular as drogas K como maconha sintética pode ser uma forma inadequada de caracterizar a substância? Continue a leitura para compreender melhor os motivos
Os termos relacionados à maconha são frequentemente mal empregados quando se fala sobre drogas K. A famosa maconha medicinal está associada aos canabinoides, substâncias usadas na medicina como tratamento para convulsões ou hipertonia, entre outras condições.
O termo “maconha sintética“, por sua vez, tem sido associado às drogas K (K2, K4 e K9), que são substâncias sintéticas desenvolvidas em laboratório, caracterizadas por um significativo potencial destrutivo.
Entretanto, especialistas alertam que a expressão “maconha sintética” pode iludir, sugerindo erroneamente que essas substâncias são menos prejudiciais, um equívoco semelhante ao associado à maconha dita medicinal.
Os canabinoides produzidos em laboratório podem se ligar aos mesmos receptores no cérebro que a maconha comum, mas com uma potência cem vezes superior. Logo, a maconha sintética, que também pode ser comercializada como “maconha artificial” ou “maconha falsa”, insinua por meio de seu nome uma inofensividade, sem considerar seu potencial lesivo.
Em síntese, a falta de conhecimento quanto à nomenclatura e às características que compõem um determinado tipo de droga pode resultar em equívocos, tanto na disseminação de informações sobre substâncias específicas quanto no tratamento da dependência. Para promover um debate mais aprofundado sobre o consumo das drogas K, é fundamental compreender todas as questões em que elas estão envolvidas.