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Nota de repúdio

O documento seria lançado neste sábado, 23 de julho, durante o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Mental (CBSM) da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), em São Paulo.

Nota de repúdio

23 de julho de 2022

Por desinstitute

O Desinstitute lamenta e repudia o cancelamento — de forma abrupta e sem possibilidade de diálogo — do evento de lançamento da publicação “Desinstitucionalização – Da saída do manicômio à vida na cidade: estratégias de gestão e de cuidado”. O documento seria lançado neste sábado, 23 de julho, durante o 8º Congresso Brasileiro de Saúde Mental (CBSM) da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), em São Paulo.

O evento foi amplamente divulgado nas redes sociais e na imprensa, com apoio do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo (CRP-SP) e anteriormente acordado com a própria Abrasme.

Três horas antes do lançamento, porém, com usuários e integrantes da mesa já a caminho do Congresso, a diretoria da Abrasme, sem apresentar justificativa plausível, cancelou a participação do Desinstitute na atividade especial que seria o lançamento da publicação.

Vale ressaltar que participariam do evento, entre as convidadas, pessoas que foram desinstitucionalizadas do que já foi o maior pólo manicomial do país: a região de Sorocaba.

O Desinstitute reforça a importância do documento, produzido com o principal objetivo de subsidiar tecnicamente e provocar reflexões acerca do desenvolvimento de políticas públicas de saúde mental comunitária, baseadas em evidências, e orientadas por princípios democráticos, de defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e de garantia dos direitos humanos a todas as pessoas.

A publicação “Desinstitucionalização – Da saída do manicômio à vida na cidade: estratégias de gestão e de cuidado” contou com a participação de diversos atores com experiência em processos de desinstitucionalização em várias regiões no Brasil, nas etapas de discussão, elaboração e validação da publicação.

Fonte apoiadora

O Desinstitute possui a política interna de negar e não se subscrever a concorrência de financiamento público. Inclusive, informações referentes às verbas recebidas pelo Desinstitute encontram-se disponíveis no site da própria organização, como prestação de contas à sociedade. Os meios utilizados para financiar a elaboração do material seguem premissa da lisura, com meios comumente utilizados por diversas entidades do país.

Lamentamos a postura da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme) pela decisão antidemocrática que desrespeitou não somente o Desinstitute, como um conjunto de pessoas comprometidas com a agenda que produziram um documento estratégico para todo campo antimanicomial no Brasil, assim como os frequentadores dos serviços de saúde mental que se deslocaram até São Paulo para acompanhar o lançamento, que não ocorreu.

O lançamento da publicação “Desinstitucionalização – Da saída do manicômio à vida na cidade: estratégias de gestão e de cuidado” ocorrerá em nova data a ser definida.

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